INESC TEC vai desenvolver novo método para deteção de micro contaminantes

Image

O INESC TEC vai validar uma nova abordagem para a deteção de micro contaminantes em diferentes áreas de aplicação, nomeadamente, no controlo da qualidade da água, na otimização de processos industriais, ou até em diagnóstico médico, em tempo real e ambientes complexos.

 


Chama-se MyTag – dispositivos de monitorização ambiental universais baseados na análise inteligente de dispersão ótica amplificada com polímeros de impressão molecular –o projeto que vai desenvolver esta nova plataforma de deteção molecular.

Em concreto, “este projeto permitirá habilitar novos métodos de diagnóstico precoce, bem como potenciar uma maior capacidade de vigiar, compreender e proteger o ambiente”, refere Pedro Jorge, investigador do Centro de Fotónica Aplicada (CAP) do INESC TEC e responsável pelo projeto.  Além disso, “a validação deste conceito permitirá desenvolver sistemas de monitorização ambiental miniaturizados, com potencial para ser incorporados em sistemas robóticos autónomos”, acrescenta o investigador.

O conceito do MyTag resulta da combinação de análise de scattering, com modelos em tempo real e inteligência artificial (IA), potenciada com etiquetas de impressão molecular (MIP Tags). Esta abordagem inovadora permitirá personalizar o dispositivo para detetar diferentes moléculas alvo, simplesmente mudando as MIP Tags, mantendo todo o restante dispositivo devidamente otimizado. Isto garante assim uma maior capacidade de monitorização em tempo real de contaminantes, uma vez que o mesmo dispositivo, associado ao nano MIP adequado, pode servir para detetar diferentes alvos e, com isso, diferentes moléculas contaminantes.

O projeto é coordenado pela pelo INESC TEC e tem como parceiros a iLoF – Intelligent on Fiber, uma spin-offda Universidade do Porto nascida no INESC TEC e atualmente incubada na Faculdade de Medicina (FMUP), bem como o Centro de Investigação em Química da Universidade do Porto (CIQUP). MyTag conta ainda com a colaboração de especialistas internacionais, em Italia (Dra Alessandra Bossi, Universidade de Verona; Dr Nunzio Cennamo, Univ. de Campania em Napoles) e França (Dr. Olivier Soppera, do   Institut de Science des Matériaux de Mulhouse). O projeto tem início em janeiro e termina em dezembro de 2024 e é financiado pela Fundação para a Ciência e tecnologia (FCT) em cerca de 244 mil euros.

O investigador do INESC TEC mencionado na notícia tem vínculo à UP-FCUP.

Ver no website