Igualdade de género e bem-estar no trabalho: quais as estratégias a adotar no mundo da ciência e tecnologia?

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Os temas da igualdade de género e do bem-estar têm-se revelado críticos não só na área dos recursos humanos, em geral, mas, em particular, no mundo da ciência e tecnologia. Numa área com um histórico predominantemente masculino, são várias as discussões que têm decorrido com o objetivo de adotar estratégias eficazes para aumentar a representação feminina nas áreas STEAM (sigla que vem do inglês – Science, Technology, Engineering, Arts and Mathematics) e enfatizar a importância da saúde mental e do bem-estar no local de trabalho. Foi, nesse sentido, que o INESC TEC – através da sua Comissão para a Diversidade e Inclusão – lançou, este verão, uma série de iniciativas relacionadas com estas temáticas. 


Os temas da igualdade de género e do bem-estar têm-se revelado críticos não só na área dos recursos humanos, em geral, mas, em particular, no mundo da ciência e tecnologia. Numa área com um histórico predominantemente masculino, são várias as discussões que têm decorrido com o objetivo de adotar estratégias eficazes para aumentar a representação feminina nas áreas STEAM (sigla que vem do inglês – Science, Technology, Engineering, Arts and Mathematics) e enfatizar a importância da saúde mental e do bem-estar no local de trabalho. Foi, nesse sentido, que o INESC TEC – através da sua Comissão para a Diversidade e Inclusão – lançou, este verão, uma série de iniciativas relacionadas com estas temáticas. 

Uma análise aprofundada da representação das mulheres nas áreas STEAM 

Dando continuidade ao sucesso do evento “Women in STEM” de 2022 e reforçando o seu Plano para a Igualdade de Género 2022-2026, o INESC TEC organizou um novo debate sobre a representação das mulheres nas áreas STEAM. Em parceria com o programa Carnegie Mellon Portugal (CMU Portugal) e com o apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), o evento teve como oradora principal Jeria Quesenberry, Professora de Sistemas de Informação da Carnegie Mellon University (CMU).  

Com base no seu livro de coautoria, “Kicking Butt in Computer Science: Women in Computing at Carnegie Mellon University”, Jeria Quesenberry detalhou as estratégias que aumentaram significativamente a representação feminina nos estudos de computação na CMU.  

“Destacaram-se os fatores de sucesso da CMU, incluindo o apoio institucional, uma estratégia de comunicação dedicada e um ambiente de trabalho transformado, e apresentaram-se iniciativas que podem orientar a nossa instituição” afirmou Clara Gouveia, membro do Conselho de Administração do INESC TEC, acrescentado que “a discussão enfatizou a necessidade de coordenação de esforços com as universidades.” 

O evento destacou ainda os progressos do instituto, com Ana Filipa Sequeira, investigadora e coordenadora da Comissão para a D&I, a apresentar dados sobre a (dis)paridade de género em várias dimensões da organização. 

“Temos visto tendências encorajadoras na representação feminina entre 2018 e 2023”, referiu Ana Filipa Sequeira, “mas ainda há trabalho a ser feito, especialmente em cargos de liderança”, rematou.  

  

Promoção de ambientes de trabalho saudáveis: Perspetivas sobre saúde mental e bem-estar  

Com o objetivo de discutir condições de saúde e estilo de vida saudáveis nos ambientes de trabalho, a Comissão para a D&I do INESC TEC convidou Tânia Gaspar, Professora da Universidade Lusófona de Lisboa e líder do projeto Ecossistemas de Ambientes de Trabalho Saudáveis (EATS). 

Nesta palestra, Tânia Gaspar sublinhou a importância da saúde mental e da felicidade dos trabalhadores como medidas de sucesso nos locais de trabalho contemporâneos: “Equilibrar a vida pessoal e profissional já não é um luxo, mas uma necessidade para o sucesso organizacional”, afirmou. 

A apresentação suscitou uma discussão animada entre os participantes, com apelos a uma maior formação em saúde mental e a um maior envolvimento da liderança na promoção do bem-estar. 

Ana Isabel Lopes, do serviço de Recursos Humanos do INESC TEC e também membro da comissão, mostrou-se otimista quanto ao rumo da instituição: “As pessoas estão claramente conscientes da importância da saúde mental. Estamos a planear implementar novas medidas nos próximos meses para responder a estas preocupações.” 

Com mais iniciativas planeadas, o INESC TEC está a posicionar-se na promoção de ambientes de trabalho inclusivos e saudáveis. 

 

Sobre a Comissão para a Diversidade e Inclusão do INESC TEC 

A Comissão para a D&I foi criada pelo Conselho de Administração do INESC TEC em setembro de 2021, após a apresentação do Relatório do Grupo de Trabalho para a Igualdade de Género + Diversidade e Inclusão, que teve lugar a 15 de julho de 2021.  

A Comissão tem como principal missão propor e implementar um programa de D&I, tendo a igualdade de género como uma preocupação prioritária. 

Este órgão é coordenado atualmente por Ana Filipa Sequeira e composto por Ana Isabel Lopes, Aurora Libânia Teixeira, Tiago André Silva e Tiago Filipe Gonçalves. 

 

Os investigadores mencionados nesta notícia têm vínculo ao INESC TEC. 

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